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"ALIMENTAR A PRÓPRIA DOR É TORNAR-SE SEU PIOR INIMIGO."
(Augusto Cury)

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"Os sonhos não determinam o lugar aonde você vai chegar, mas produzem a força necessária para tirá-lo do lugar onde está."
(Augusto Cury)




FRASE DA SEMANA

"Saber escutar para não julgar, não fechar as portas pensando que temos toda a verdade e que ninguém mais pode nos dizer algo." (Papa Leão XIV)

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domingo, 15 de março de 2015

Trecho - Quem me roubou de mim?

 Muito instigante  e profundo o livro "Quem me roubou de mim?" do  Pe. Fábio de Melo! 
Trata-se de um enfoque diferente e detalhado das relações humanas, abordando a atualidade, os problemas que vivenciamos hoje e que nos afligem. É o que ele descreve como sendo o sequestro da subjetividade.
Dentre os muitos trechos que me chamaram a atenção, destaco este transcrito abaixo:

"O grande equívoco dos nossos dias é estabelecer as relações humanas a partir de substituições. Queremos que o outro seja a concretização humana de nossas idealizações. Hoje nos satisfaz e amanhã não mais. Trocamos. Tentamos de  novo. Voltamos a trocar. As paixões são avassaladoras, mas os desencantos também. E assim vamos colecionando relações e os seus consequentes estragos.
O que podemos identificar nessas paixões é que as pessoas não são focos de desejo, mas se limitam a ser focos de prazer. O prazer é passageiro, mas o desejo, não. Quando o outro cumpre o papel de ser o objeto do meu prazer, eu o reduzo à condição de coisa. Essa objetificação já se caracteriza como sequestro. Há uma subjetividade sendo desconsiderada, uma vez que o outro foi reduzido à matéria de minha satisfação temporária." 
                                                                    (Pe. Fábio de Melo, Quem me roubou de mim?)

Excelente sugestão de leitura!!!

    

segunda-feira, 18 de março de 2013

Ressurreição, tempo de misericórdia - Pe. Fábio de Melo


O texto abaixo é, na minha opinião, uma das mais belas mensagens para este período de Quaresma e Páscoa. 
O autor é o Pe. Fábio de Melo a quem peço licença para transcrever tão sábias e belas palavras que traduzem maravilhosamente sentimentos e verdades.
O texto encontra-se no site do Pe. Fábio onde também se podem ler outros exemplos belíssimos do talento deste grande discípulo de Cristo. 



 photo cruz-1.jpg

        Ressurreição, tempo de misericórdia

O tempo é de ressurreição. Já não podemos mais ouvir os gritos do calvário, o movimento curioso de quem desejava a tragédia , a morte pública e cruel. O que temos é o jardim vistoso sugerindo primaveras. A vida revestida de cores mansas como se uma chuva miúda devolvesse aos poucos o frescor que combina com as manhãs.
O que me instiga em tudo isso é a falta de provas para o fato. O sepulcro estava aberto, vazio. Mas isso não era o suficiente para que a ressurreição fosse proclamada. Alguém poderia ter roubado o corpo. Não faltariam incrédulos para essa suspeita.
A certeza da ressurreição não consiste em provas materiais para o fato. A imposição dessa verdade não passa pela materialidade do mundo, nem tampouco pode ser explicada através das claras regras que foram postuladas por nossa razão cartesiana.
Estamos falando de algo maior, superior. O que despertou o grito da ressurreição foi o encontro dos olhares de quem havia estado com Ele. Foi o momento em que João reconheceu em Pedro a presença do Mestre. Resquícios esquecidos na alma, doação existencial que o configurava de forma renovada, como se tivesse nascido de novo."Ele está no meio de nós!" - A voz proclama. Grita o que ainda não compreende. Grita o que intui em mistério, o que descobre aos poucos. A alma reconhece na carne o milagre da continuidade. Os desdobramentos da Eucaristia celebrada dias antes tornam-se evidentes. João vê na carne de Pedro a carne de Jesus. É o mesmo sangue, é a comunhão estabelecida. O sangue jorrado na cruz encontrou novas veias e por elas corre.
É o olhar epifânico ardendo como a sarça ardeu diante dos olhos de Moisés. Sarça humana, pupilas dilatadas de alegria, incapacitadas de esconderem os olhos que estavam por trás dos olhos de Pedro. Olhos que deixaram de brilhar no calvário, mas que agora são reacendidos nos olhos do amigo que ficou. O apóstolo é a continuidade do Mestre. Simbiose que faz o agir ser o mesmo, como se uma costura atasse a vida de Pedro à vida de Cristo.
É o ser emprestado em sacramento, força que o altar atualiza e que a alma recebe prostrada, generosa. A sobrevivência do Cristo passa pela alma que o aceita. É preciso acolher o dom de ser ressurreto. Passa pela nossa carne esta mística que nunca terá fim. Não aceitá-la é o mesmo que viver a privação da felicidade. Não é possível ser feliz fora desta dinâmica. As religiões nos ensinam. É preciso aprender. O altar estendido é o banquete do encontro. O Cristo sentado à mesa nos ensina de forma simples e duradoura que é preciso crescer na ressurreição. Ele nos dá de comer. "Isto é o meu corpo". Ele nos dá de beber. "Isto é o meu sangue".
É Nele que nos transformamos. Quando por Ele nos decidimos, Dele nos tornamos continuidade. Cada um ao seu modo vive o seu processo. É estrada humana também. Jesus nos ensinou a humanidade antes de nos propor o céu. Por isso o aperfeiçoamento de tudo o que é humano é exercício de santidade. O pecado nos mata, mas a ressurreição nos socorre.
Viver e morrer são dinâmicas inevitáveis. Cada um sabe o tanto que morre. Cada um sabe o tanto que vive. As escolhas estão por toda parte.
Mas o Cristo está diante de nós. Em suas mãos não há outra coisa senão a sua Misericórdia. O motivo de sua morte é o motivo de nossa vida. Ele morreu porque quis nos ensinar que a justiça divina compreende também a sua capacidade de amar. Ele nos deu o direito de sermos íntimos do Pai. Ensinou caminhos simples, diretos, sem rodeios.Ensinou que podemos ser santos, mesmo sendo proprietários de tantos efeitos. Ensinou que há sempre uma esperança escondida dentro de nós, e que procurar por ela é um jeito bonito que temos de colocar os nossos passos nas marcas de seus pés.
Neste tempo de Ressdurreição queiramos a sua misericórdia.
Eu quero. Queira também. Eternamente.
                                                                                                 (Pe.Fábio de Melo)

domingo, 17 de junho de 2012

Mais um trecho do livro "Tempo de Esperas"

"O dito popular parece ter razão. "O melhor da festa é esperar por ela." Há muita sabedoria nessa premissa. O tempo que nos separa das realizações está prenhe de encantamentos. É só descobrir.
Quando a gente descobre que o processo de ir é tão importante quanto o processo de chegar, a gente diminui a possibilidade de frustração final. Quem vive para os resultados corre um risco muito alto de se frustrar. Mas se a gente vive cada passo do processo como parte de um desejo que se prolonga, de um desejo que se desdobra, então fica mais fácil driblar e evitar a frustração final. A viagem já valeu, mesmo que o destino final não tenha sido como nós esperávamos que fosse.
Este é um erro recorrente entre nós. A gente insiste em viver para os resultados. Com isso, não percebemos a graça escondida nos preparos. Queremos a meta final, e cegamente nos encaminhamos para ela. Mas, na pressa de chegar, deixamos de olhar para os lados, e com isso não percebemos que o caminho é belo e que há matizes interessantes a serem observados.
Tenho aprendido que preparar a felicidade já é um jeito de ser feliz."
                                                       (Pe. Fábio de Melo, do livro "Tempo de esperas")

domingo, 29 de janeiro de 2012

Mensagem


"Infeliz é aquele que se identifica com o que tem. Aquele que não sabe diferenciar a felicidade das realidades materiais. Aquele que confunde a felicidade com a alegria."

(do livro "Tempo de esperas" do Pe. Fábio de Melo)

sábado, 7 de janeiro de 2012

Lindo trecho do livro "Tempo de esperas"



"Compreendo a felicidade dessa forma. Viver confortável em mim mesmo, e vez ou outra receber a confirmação que me vem pelas sensações. Reconheço minha felicidade escondida em coisas miúdas. São pequenas interferências que quebram o cotidiano e sua continuidade. Por um instante, a vida parece parar. O coração descobre um novo jeito de enxergar o sempre visto, o mundo que nunca muda, e nele encontra um motivo para sorrir, ainda que a vida ande escassa de alegrias. Custa a gente aprender, mas nem sempre a felicidade estará de braços dados com a alegria. A alegria sobrevive de motivos externos.Felicidade não. É mais profunda. Não depende das alegrias para que seja real. É possível ser feliz mesmo quando não estejamos alegres. Em muitos momentos árduos da vida eu permanecia feliz. Por quê? Eu tinha certeza de que estava no lugar certo, fazendo a coisa certa.
A realização humana, raiz de toda felicidade, consiste em saber-se a pessoa certa no contexto das escolhas feitas. Encontrar conforto, ainda que a vida esteja pesada, porque sabemos que estamos onde verdadeiramente deveríamos estar.É o sacrifício salutar. Reconhecer que, mesmo na ausência de alegrias,a felicidade permanece motivando a luta."

(do livro "TEMPO DE ESPERAS" do Pe.Fábio de Melo)