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"ALIMENTAR A PRÓPRIA DOR É TORNAR-SE SEU PIOR INIMIGO."
(Augusto Cury)

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"Os sonhos não determinam o lugar aonde você vai chegar, mas produzem a força necessária para tirá-lo do lugar onde está."
(Augusto Cury)




FRASE DA SEMANA

"Saber escutar para não julgar, não fechar as portas pensando que temos toda a verdade e que ninguém mais pode nos dizer algo." (Papa Leão XIV)

sábado, 6 de abril de 2013

NÃO APRENDEMOS COM OS ERROS

Texto interessante de autoria de Mário Sérgio Cortella:

                           Não aprendemos com os erros

Errar é humano, mas não é obrigatório.No entanto, nenhum ou nenhuma de nós é capaz de fazer tudo certo o tempo todo de todos os modos. Por isso, você só conhece alguém quando sabe que ele erra, e quando ele erra e não desiste. E dizem: "Ah, é por isso que a gente aprende com os erros?"
Não, a gente não aprende com os erros. A gente aprende com a correção dos erros. Se a gente aprendesse com os erros, o melhor método pedagógico seria errar bastante. (É bom lembrar que todo cogumelo é comestível. Alguns, apenas uma vez.)
Isso exige humildade para reconhecer, admitir e corrigir os erros, em vez de apenas argumentar (como muita gente faz para sair fora) que "errar é humano"; aí sim, na correção, estaremos aprendendo.

  MÁRIO SÉRGIO CORTELLA, autor de Qual é a tua obra? - Ed. Vozes

segunda-feira, 18 de março de 2013

Ressurreição, tempo de misericórdia - Pe. Fábio de Melo


O texto abaixo é, na minha opinião, uma das mais belas mensagens para este período de Quaresma e Páscoa. 
O autor é o Pe. Fábio de Melo a quem peço licença para transcrever tão sábias e belas palavras que traduzem maravilhosamente sentimentos e verdades.
O texto encontra-se no site do Pe. Fábio onde também se podem ler outros exemplos belíssimos do talento deste grande discípulo de Cristo. 



 photo cruz-1.jpg

        Ressurreição, tempo de misericórdia

O tempo é de ressurreição. Já não podemos mais ouvir os gritos do calvário, o movimento curioso de quem desejava a tragédia , a morte pública e cruel. O que temos é o jardim vistoso sugerindo primaveras. A vida revestida de cores mansas como se uma chuva miúda devolvesse aos poucos o frescor que combina com as manhãs.
O que me instiga em tudo isso é a falta de provas para o fato. O sepulcro estava aberto, vazio. Mas isso não era o suficiente para que a ressurreição fosse proclamada. Alguém poderia ter roubado o corpo. Não faltariam incrédulos para essa suspeita.
A certeza da ressurreição não consiste em provas materiais para o fato. A imposição dessa verdade não passa pela materialidade do mundo, nem tampouco pode ser explicada através das claras regras que foram postuladas por nossa razão cartesiana.
Estamos falando de algo maior, superior. O que despertou o grito da ressurreição foi o encontro dos olhares de quem havia estado com Ele. Foi o momento em que João reconheceu em Pedro a presença do Mestre. Resquícios esquecidos na alma, doação existencial que o configurava de forma renovada, como se tivesse nascido de novo."Ele está no meio de nós!" - A voz proclama. Grita o que ainda não compreende. Grita o que intui em mistério, o que descobre aos poucos. A alma reconhece na carne o milagre da continuidade. Os desdobramentos da Eucaristia celebrada dias antes tornam-se evidentes. João vê na carne de Pedro a carne de Jesus. É o mesmo sangue, é a comunhão estabelecida. O sangue jorrado na cruz encontrou novas veias e por elas corre.
É o olhar epifânico ardendo como a sarça ardeu diante dos olhos de Moisés. Sarça humana, pupilas dilatadas de alegria, incapacitadas de esconderem os olhos que estavam por trás dos olhos de Pedro. Olhos que deixaram de brilhar no calvário, mas que agora são reacendidos nos olhos do amigo que ficou. O apóstolo é a continuidade do Mestre. Simbiose que faz o agir ser o mesmo, como se uma costura atasse a vida de Pedro à vida de Cristo.
É o ser emprestado em sacramento, força que o altar atualiza e que a alma recebe prostrada, generosa. A sobrevivência do Cristo passa pela alma que o aceita. É preciso acolher o dom de ser ressurreto. Passa pela nossa carne esta mística que nunca terá fim. Não aceitá-la é o mesmo que viver a privação da felicidade. Não é possível ser feliz fora desta dinâmica. As religiões nos ensinam. É preciso aprender. O altar estendido é o banquete do encontro. O Cristo sentado à mesa nos ensina de forma simples e duradoura que é preciso crescer na ressurreição. Ele nos dá de comer. "Isto é o meu corpo". Ele nos dá de beber. "Isto é o meu sangue".
É Nele que nos transformamos. Quando por Ele nos decidimos, Dele nos tornamos continuidade. Cada um ao seu modo vive o seu processo. É estrada humana também. Jesus nos ensinou a humanidade antes de nos propor o céu. Por isso o aperfeiçoamento de tudo o que é humano é exercício de santidade. O pecado nos mata, mas a ressurreição nos socorre.
Viver e morrer são dinâmicas inevitáveis. Cada um sabe o tanto que morre. Cada um sabe o tanto que vive. As escolhas estão por toda parte.
Mas o Cristo está diante de nós. Em suas mãos não há outra coisa senão a sua Misericórdia. O motivo de sua morte é o motivo de nossa vida. Ele morreu porque quis nos ensinar que a justiça divina compreende também a sua capacidade de amar. Ele nos deu o direito de sermos íntimos do Pai. Ensinou caminhos simples, diretos, sem rodeios.Ensinou que podemos ser santos, mesmo sendo proprietários de tantos efeitos. Ensinou que há sempre uma esperança escondida dentro de nós, e que procurar por ela é um jeito bonito que temos de colocar os nossos passos nas marcas de seus pés.
Neste tempo de Ressdurreição queiramos a sua misericórdia.
Eu quero. Queira também. Eternamente.
                                                                                                 (Pe.Fábio de Melo)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Oportunidades únicas - linda mensagem!

                                 

"Já ancorado na Antártida, ouvi ruídos que pareciam de  fritura. Pensei: será que até aqui existem chineses fritando pastéis??? Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada.
O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo: Calma, você terá muito tempo para isso...
Nos 367 dias que se seguiram, o fenômeno não se repetiu.
Algumas oportunidades são únicas."
                                   (AMIR KLINK)            

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A importância da dúvida

A pessoa humilde é capaz de ter dúvida e isso é motor de mudança. Cuidado com gente que não tem dúvida. Gente que não tem dúvida não é capaz de inovar, de reinventar, não é capaz de fazer de outro modo.
Gente que não tem dúvida só é capaz de repetir. Cuidado com gente cheia de certeza. Num mundo de velocidade e mudança, imagine se você ou eu somos cheios de certeza, a dificuldade que isso nos carrega. Claro, você não pode ser alguém que só tem dúvida, mas não tê-las é sinal de tolice.
"Será que eu estou fazendo do melhor modo? Da maneira mais correta? Será que eu estou fazendo aquilo que deve e pode ser feito?"
Duvidar não é desacreditar de tudo, mas, isso sim, abrir a possibilidade de fazer melhor para si e para os outros.
 

  (MÁRIO SÉRGIO CORTELLA, autor de Qual é a tua obra?)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Rubem Alves - documentário

Meus leitores já sabem que sou admiradora do grande escritor Rubem Alves. Muitos trechos de suas crônicas já foram transcritos por mim  aqui.
Aprendi muito com ele e a cada dia, seus pensamentos, idéias e visão de mundo me inspiram e enriquecem minha vida.
Muitos exemplares de seus livros enchem minhas estantes e releio-os frequentemente. Aliás, recomendo a leitura diária de seus textos!
A TV Câmara veiculou há pouco tempo, um documentário excelente sobre Rubem Alves que, felizmente, encontra-se disponível no YouTube para que mais pessoas possam ter acesso.
 Vale a pena conferir!
O LINK DE ACESSO É:


http://www.youtube.com/watch?v=MUl2QU_z3mI


Aproveitem!



        Rubem e nós num lançamento de livro em Campinas

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Otimismo e Esperança - Rubem Alves

Lindo trecho do grande escritor Rubem Alves:

Esperança é o oposto de otimismo. "Otimismo é quando, sendo primavera do lado de fora, nasce a primavera do lado de dentro. Esperança é quando, sendo seca absoluta do lado de fora, continuam as fontes a borbulhar dentro do coração". Camus sabia o que era esperança. Suas palavras: "E  no meio do inverno eu descobri que dentro de mim havia um verão invencível..."  Otimismo é alegria "por causa de": coisa humana, natural. Esperança é alegria "a despeito de": coisa divina. O otimismo tem suas raízes no tempo. A esperança tem suas raízes na eternidade. O otimismo se alimenta de grandes coisas. Sem elas, ele morre.  A esperança se alimenta de  pequenas coisas. Nas pequenas coisas ela floresce. Basta-lhe um morango à beira do abismo, alegria sem razões. A possibilidade da esperança...
                             
 ("Sobre o otimismo a esperança" do livro PALAVRAS PARA DESATAR NÓS, de Rubem Alves)